Mark Zuckerberg defende aquisições da Meta em julgamento nos EUA

Mark Zuckerberg, CEO da Meta Platforms, testemunhou em um julgamento da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) que busca desmembrar o conglomerado de redes sociais da empresa. Durante três dias de depoimentos, Zuckerberg descreveu a rápida evolução do mercado de redes sociais e defendeu as aquisições do Instagram e WhatsApp, argumentando que foram importantes para sua expansão e inovação.

A FTC alega que essas aquisições criaram um monopólio ilegal, eliminando concorrentes diretos, e busca forçar a Meta a vender essas plataformas. Documentos apresentados no caso revelaram e-mails internos em que Zuckerberg discutia estratégias para neutralizar rivais, incluindo a compra de empresas emergentes.

Por outro lado, os advogados da Meta afirmaram que a empresa enfrenta forte concorrência de gigantes como TikTok, YouTube e iMessage. Zuckerberg destacou o TikTok como uma ameaça significativa desde 2018, levando a Meta a criar o Reels, ferramenta que gera grande volume de tráfego atualmente.

Zuckerberg também respondeu a questionamentos sobre o conceito de "efeitos de rede", reconhecendo mudanças no mercado e afirmando que as redes sociais agora funcionam principalmente como motores de descoberta de conteúdo. Ele ainda argumentou que plataformas como Instagram cresceram devido ao suporte de uma empresa maior, como a Meta, citando exemplos de outras grandes empresas no setor.

Durante o julgamento, o juiz James Boasberg questionou a relevância dos "efeitos de rede" no cenário atual e destacou os desafios da FTC em comprovar que a Meta prejudica a concorrência. A decisão judicial pode determinar o futuro das operações integradas do Instagram e WhatsApp, com implicações significativas para o mercado de tecnologia.