Token criado na Base causa frenesi e colapso em poucas horas

A Base, rede Layer 2 da Coinbase, lançou um token a partir de uma postagem em sua conta oficial no X, utilizando o protocolo social Zora. A ação gerou uma onda de negociações que rapidamente levou o ativo a atingir uma valorização de US$ 13 milhões, antes de despencar para US$ 1 milhão em apenas três horas. Dados do DEXScreener apontam que o token recuperou parte do prejuízo, subindo 20% na última hora e sendo negociado a US$ 0,007.

Apesar de um aviso no site da Zora indicando que o token não era oficial, a Base explicou no X que a iniciativa fazia parte de um experimento público para promover a adoção de conteúdos onchain. A Zora também se manifestou, incentivando os usuários a explorar a plataforma.

Relatórios apontam que os três maiores detentores concentravam 47% da oferta total do token. Mais de 2.500 investidores, muitos supostamente novos na Base, foram prejudicados, segundo Hantao Yuan, cofundador da plataforma Moku. Yuan também destacou que bots de volume operavam no gráfico e que uma única carteira controlava 25,6% da oferta.

A Base recebeu automaticamente 10 milhões de tokens como criadora da postagem, representando 1% do total, mas garantiu que não venderia os ativos. A Zora, que transforma posts em tokens ERC-20, não comentou oficialmente sobre o caso.

Jesse Pollak, criador da Base, diferenciou os "content coins" dos "meme coins" em publicações educativas. Ele os descreveu como representações de conteúdo individual, sem expectativas agregadas. Pollak compartilhou um ensaio de Jacob Horne, cofundador da Zora, que argumenta que moedas de conteúdo podem criar mercados abertos que recompensam criadores, distribuidores e consumidores, mantendo o acesso à informação livre e valioso ao mesmo tempo.

Desde o lançamento, o token gerou mais de US$ 28 milhões em volume de negociação e cerca de US$ 60 mil em ganhos para a Base como criadora do conteúdo.