Victoria Lança Primeiro Leilão de Energia Eólica Offshore da Austrália

O governo do estado de Victoria, na Austrália, confirmou que realizará o primeiro leilão de energia eólica offshore do país em setembro deste ano, com contratos previstos para serem concedidos até outubro de 2026. A iniciativa faz parte dos esforços do governo para atingir metas de capacidade de geração, incluindo 2 GW até 2032, 4 GW até 2035 e 9 GW até 2040.

A ministra de energia do estado anunciou que o processo de leilão será precedido por uma fase de Registro de Interesse (ROI), iniciada no mês passado e com encerramento previsto para maio de 2025. O ROI tem como objetivo facilitar o acesso a informações para que os detentores de licenças de viabilidade possam elaborar propostas formais para o leilão em setembro.

Serão oferecidos contratos do tipo contrato por diferença (CfD), que garantem um preço fixo para a eletricidade gerada ao longo de um período determinado, além de pagamentos de disponibilidade, que só serão realizados quando a infraestrutura estiver operando e gerando energia. Também será exigido que os projetos beneficiem as comunidades locais e atendam a requisitos mínimos de conteúdo local, incluindo 80% na fase de operação e manutenção a partir de 2032, com 10% das horas de trabalho realizadas por aprendizes, trainees e cadetes.

Para apoiar a capacitação da força de trabalho, o governo abrirá em breve inscrições para concessões de até 4,9 milhões de dólares destinados ao funcionamento do Centro de Treinamento de Trabalhadores do Setor Eólico. Segundo a ministra, a iniciativa visa atrair investimentos e criar empregos para milhares de trabalhadores, além de impulsionar a economia local através do desenvolvimento da cadeia de suprimentos.

A ação ocorre em meio a discussões nacionais sobre o futuro da energia renovável no país, com projetos eólicos offshore ganhando destaque em uma fase inicial e desafiadora de implementação. Enquanto o governo federal trabalha na criação de zonas de desenvolvimento e na emissão de licenças de viabilidade, a oposição prometeu interromper projetos significativos e revisar regulamentações relacionadas a essas iniciativas.