Estímulos globais impulsionam Bitcoin enquanto dólar enfraquece

Medidas de estímulo econômico na China e na Europa estão chamando a atenção dos investidores para o preço do Bitcoin (BTC), que subiu para US$ 85.000 mesmo com a queda de 5,7% no índice S&P 500 em abril. Após uma recuperação de 14% desde a baixa induzida pela guerra comercial, o Bitcoin parece se descolar dos mercados tradicionais, um movimento que levanta otimismo cauteloso entre os investidores e expectativas de uma alta acima de US$ 90.000.

Na China, os empréstimos bancários em março saltaram para US$ 500 bilhões, superando em 20% as previsões dos analistas, enquanto o Banco Popular da China prometeu expandir os estímulos para mitigar os impactos da guerra comercial com os EUA. Na Europa, o Banco Central Europeu cortou as taxas de juros pela sétima vez em um ano, reduzindo o custo de capital ao menor nível desde o final de 2022.

Enquanto isso, o índice do dólar americano (DXY) caiu ao menor nível em três anos, intensificando a pressão sobre o Federal Reserve para flexibilizar sua política monetária. No entanto, dados recentes, como a queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, mostram uma economia ainda resistente, dificultando decisões de cortes de juros. Ao mesmo tempo, críticas públicas ao Fed por parte do presidente americano aumentam a incerteza sobre a política econômica do país.

Paralelamente, o compromisso de longo prazo dos mineradores de Bitcoin segue firme, com um aumento de 8% na taxa de hash média em sete dias. Apesar das preocupações de que a redução pela metade do Bitcoin em abril de 2024 pudesse causar uma saída de mineradores, os números mostram resiliência, mesmo com o setor enfrentando margens de lucro mais apertadas.