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Ruptura nas Alianças Globais de Semicondutores Pode Redefinir o Mercado Tecnológico

Publicado em: 19/04/2025 17:03 | Categoria: Energia e Renováveis

Um cenário hipotético até 2025 prevê a fragmentação das alianças globais de semicondutores, historicamente lideradas pelos Estados Unidos. Esse desdobramento seria resultado de decisões políticas e econômicas equivocadas de uma administração americana mais isolacionista e confrontadora.

Com a volta de Donald Trump à presidência, a política de tarifas foi intensificada, afetando não apenas adversários tradicionais, mas também aliados como Europa, Japão e Coreia do Sul. Isso abalaria o equilíbrio delicado no setor tecnológico global. Sob Joe Biden, os EUA haviam implementado restrições estratégicas dirigidas à China, bloqueando acesso a tecnologias críticas, como máquinas de litografia avançadas da ASML e softwares americanos de design de chips. Essas medidas limitaram a produção chinesa de semicondutores em nós avançados, mas mantinham consenso internacional frágil com aliados europeus e asiáticos.

Entretanto, até 2024, a China avançou na produção doméstica de chips em nós maiores que 10 nanômetros, essenciais para setores como IoT, telecomunicações e automóveis. Empresas como a SMIC também progrediram em técnicas de empacotamento avançado, enquanto a Huawei lançou o Mate 60, com um chip de 7 nanômetros sem componentes americanos, marcando um passo significativo para a autossuficiência tecnológica chinesa.

Com a escalada de tarifas americanas em 2025, aliados dos EUA começaram a reconsiderar sua cooperação nas restrições tecnológicas contra a China. Empresas europeias, lideradas pela ASML, poderiam retomar vendas de equipamentos avançados à China, enquanto países como Alemanha e França priorizariam seus interesses econômicos. Na Ásia, gigantes como Samsung e SK Hynix pressionariam por uma flexibilização das restrições, buscando preservar negócios lucrativos na China.

Esse realinhamento poderia acelerar o desenvolvimento da indústria de chips chinesa, permitindo avanços mais rápidos em tecnologia de semicondutores. Mercados emergentes no Sul Global, incluindo América Latina, Sudeste Asiático e África, poderiam se voltar para fornecedores chineses, atraídos por preços competitivos e maior disponibilidade. A influência tecnológica dos EUA diminuiria, dando lugar a um equilíbrio global onde padrões chineses ganham força.

A fragmentação das alianças de semicondutores exemplifica os riscos de políticas unilaterais e coercitivas, destacando a importância da diplomacia cooperativa para lidar com a complexidade do cenário tecnológico global.

Reportagem – Equipe de Jornalismo da Axio News – Subsidiária da Axio Investments.

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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