Governos são acusados de usar spyware Pegasus para invadir WhatsApp em 2019
Publicado em: 16/04/2025 15:13 | Categoria: Tecnologia e Inovação
Os governos do México, Arábia Saudita e Uzbequistão foram identificados como clientes do spyware Pegasus, da NSO Group, em uma campanha de invasões realizadas em 2019 contra mais de 1.200 usuários do WhatsApp. A informação foi revelada durante uma audiência judicial na semana passada, como parte do processo movido pelo WhatsApp contra a NSO Group.
O advogado da empresa, em declaração no tribunal, confirmou que esses países estavam entre os clientes da NSO Group, que havia previamente se recusado a divulgar informações sobre sua base de clientes. A ação judicial, iniciada pelo WhatsApp em 2019, alega que o spyware se aproveitou de uma vulnerabilidade no aplicativo para invadir os dispositivos de aproximadamente 1.400 pessoas, incluindo ativistas de direitos humanos, jornalistas e outros membros da sociedade civil.
Durante a audiência, foi mencionado que pelo menos oito clientes diferentes estão envolvidos no caso, com três deles identificados publicamente. Documentos judiciais também revelaram que os alvos do Pegasus estavam localizados em 51 países, incluindo Índia, Marrocos, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. Apesar disso, nem todos os países listados foram confirmados como clientes do spyware.
O Pegasus, desenvolvido pela NSO Group, é projetado para ser usado apenas dentro dos territórios licenciados, mas há indícios de que alguns governos o utilizaram para monitorar alvos em outros países. Em um caso anterior, um cliente mexicano teria espionado indivíduos dentro dos Estados Unidos.
A NSO Group e os governos acusados ainda não emitiram comentários sobre as novas informações divulgadas.
Reportagem – Equipe de Jornalismo da Axio News – Subsidiária da Axio Investments.
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