Apps de Aluguel de Roupas e Itens Diários Ganham Popularidade Entre Jovens

Nos últimos anos, aplicativos de aluguel ponto a ponto têm expandido suas ofertas para além de carros e imóveis, permitindo que pessoas aluguem roupas, acessórios e até ferramentas caseiras. A ideia atrai especialmente a Geração Z e os millennials, interessados em reduzir o consumo excessivo e buscar novas formas de renda. Usuários frequentes podem ganhar até US$ 36.000 por ano.

Um exemplo desse mercado é o aplicativo Pickle, especializado no aluguel de roupas. Com mais de 200.000 itens listados, a plataforma oferece desde uma tiara de US$ 100, que pode ser alugada por US$ 30, até vestidos de grife. O público-alvo inclui jovens universitários, e o app atualmente oferece serviço de entrega porta a porta em cidades como Los Angeles, Nova York e Miami, comparado pelo CEO Brian McMahon a um "DoorDash para roupas". McMahon destaca que a demanda cresce especialmente nos finais de semana, quando as pessoas precisam de algo rapidamente.

O professor Arun Sundararajan, da Universidade de Nova York, explica que plataformas de aluguel de itens pessoais surgiram entre 2011 e 2013, mas inicialmente não atraíram tanto investimento quanto serviços como Uber ou Airbnb. Contudo, o crescimento recente dessas plataformas reflete mudanças nos hábitos de consumo, com foco em experiências em vez de posse de bens. Sundararajan atribui parte dessa mudança à influência de redes sociais como o Instagram, que valorizam vivências em detrimento de acumulação material.

O Pickle registrou um aumento triplo no número de usuários ativos mensais no último ano e recentemente levantou US$ 12 milhões em uma rodada de investimentos Série A. Apesar do sucesso, alguns desafios permanecem, como descrito por usuários que enfrentam dificuldades para alugar seus próprios itens devido a questões como ajuste de roupas e preferências específicas do público do app.