Investidor Pressiona BP e Alimenta Rumores de Aquisição

A especulação sobre uma possível aquisição da BP ganhou força após o fundo ativista Elliott Management adquirir quase 5% das ações da companhia. Há anos, a BP é apontada como alvo de uma possível mega-fusão na indústria de petróleo, e a abordagem agressiva da Elliott reacendeu os rumores.

As ações da BP têm tido desempenho inferior em comparação com outras grandes empresas do setor, como Shell, TotalEnergies, ExxonMobil e Chevron, desde 2020. Nem o ex-CEO Bernard Looney, com sua transição para renováveis, nem seu sucessor Murray Auchincloss, com o foco renovado em petróleo e gás, conseguiram reverter a situação.

Analistas estão considerando várias possibilidades, incluindo a compra da BP por gigantes americanas como Exxon ou Chevron. Rumores de uma fusão entre BP e Shell também persistem há mais de uma década. Outra possibilidade seria o interesse de uma empresa petrolífera nacional do Oriente Médio, como a ADNOC, que no passado chegou a discutir uma aquisição, mas não avançou.

A BP tem presença significativa no Oriente Médio e nos Estados Unidos, onde planeja aumentar sua capacidade de produção no Golfo do México para mais de 400 mil barris de petróleo equivalente por dia até o final da década. Recentemente, a empresa anunciou uma descoberta de petróleo na região, ao mesmo tempo em que revelou uma mudança estratégica para priorizar novamente o crescimento em petróleo e gás.

Com a pressão da Elliott por mudanças rápidas e melhoria no desempenho das ações, o mercado continua especulando sobre possíveis compradores para a BP. Além disso, a queda nos preços do petróleo pode desafiar a capacidade da empresa de manter os retornos aos acionistas, incluindo dividendos, especialmente após ter registrado aumento em sua dívida líquida no início de 2025.