Nomeações de Tinubu geram debate sobre federalismo e centralização na Nigéria
Publicado em: 17/04/2025 23:10 | Categoria: Mercados Emergentes
As recentes nomeações do presidente nigeriano Bola Ahmed Tinubu têm provocado intensos debates sobre a distribuição de poder e o federalismo no país. A percepção de desequilíbrio nas escolhas do presidente reflete tensões históricas entre as regiões do norte e do sul e destaca questões sobre hegemonia regional e representatividade.
Críticos apontam que Tinubu estaria adotando um modelo de governança que favorece sua base de apoio no sudoeste do país, semelhante ao que foi observado durante a administração de Muhammadu Buhari, que priorizou interesses do norte. A centralização do poder e a falta de representatividade no governo têm sido temas recorrentes, especialmente diante da disparidade entre os princípios da Constituição de 1979, que prega a inclusão e o equilíbrio, e a realidade política atual.
A doutrina do "caráter federal", projetada para garantir uma distribuição equitativa de cargos federais e promover lealdade nacional, é vista por muitos como uma solução que aprofundou os problemas que visava resolver. Pesquisadores e analistas afirmam que a estrutura hipercentralizada da Nigéria torna o federalismo ineficaz e acentua divisões regionais e étnicas.
Entre nomeações controversas e tensões políticas, a administração de Tinubu enfrenta desafios que vão além de questões eleitorais. Especialistas defendem que um federalismo funcional, com maior descentralização e autonomia regional, poderia reduzir os riscos associados à má governança e promover maior estabilidade nacional.
Reportagem – Equipe de Jornalismo da Axio News – Subsidiária da Axio Investments.
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