Investidores institucionais mostram diferenças na alocação entre Bitcoin e Ethereum

Family offices e investidores institucionais estão alocando produtos negociados em bolsa (ETPs) de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) de maneira distinta, com uma preferência mais forte por Ethereum entre family offices. Dados da Bitwise, em 31 de dezembro de 2024, mostram que family offices alocaram 0,62% dos ativos sob gestão em ETPs de Ethereum, contra apenas 0,13% em ETPs de Bitcoin, uma diferença de quase cinco vezes.

Hedge funds lideram a participação em ETPs de Bitcoin, representando 36,97% do total, seguidos por consultores de investimento (33,11%) e corretoras (14,91%). Já no mercado de ETPs de Ethereum, a propriedade é mais equilibrada: corretoras (25,25%), consultores de investimento (29,79%) e hedge funds (24,74%), com uma categoria “Outros” maior, representando 16,96%.

Bancos e fundos de pensão têm alocações modestas em ambos os produtos. No caso do Bitcoin, representam 1,27% e 1,02% da AUM, respectivamente, enquanto para Ethereum, representam 0,62% e 0,90%. Empresas de private equity também têm baixa participação, com 2,90% alocados em Bitcoin e 1,11% em Ethereum.

Entre os principais detentores de ETPs de Bitcoin estão Millennium Management, com US$ 4,42 bilhões, seguido por Brevan Howard, Jane Street e Goldman Sachs. No segmento de Ethereum, Goldman Sachs lidera com US$ 477 milhões, seguido por Jane Street com US$ 450 milhões e Millennium Management com US$ 182 milhões. Algumas instituições, como Jane Street e Brevan Howard, possuem presença significativa em ambos os mercados, enquanto outras, como Elequin e Almitas Capital, se destacam apenas em Ethereum. Já Capula Management e Horizon Kinetics aparecem exclusivamente entre os maiores detentores de Bitcoin.

Os dados refletem a dominância absoluta do Bitcoin em alocações institucionais, mas também apontam para uma base de investidores mais diversificada e distribuída no mercado de ETPs de Ethereum.