Mais de 1.400 funcionários do CFPB são demitidos em reestruturação

Mais de 1.400 trabalhadores do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) foram demitidos na quinta-feira, reduzindo drasticamente o quadro de funcionários da agência, que antes contava com cerca de 1.700 pessoas. Agora, apenas 200 trabalhadores permanecerão na instituição. Essa mudança acontece após uma decisão de um tribunal de apelação que permitiu ao CFPB retomar as demissões desde que fossem realizadas análises individuais para cada caso.

Em um e-mail enviado à equipe, o diretor jurídico do CFPB, Mark Paoletta, anunciou que a agência mudará seu foco das funções de supervisão para questões que causem "danos tangíveis aos consumidores." Áreas como dívidas médicas, empréstimos estudantis, dados dos consumidores e pagamentos digitais serão "despriorizadas," segundo o documento.

Ex-funcionários afirmam que a decisão impactou todos os setores da agência, deixando apenas algumas posições de liderança e equipes mínimas para funções legalmente obrigatórias. Um dos demitidos criticou a falta de aviso e o descumprimento de acordos coletivos e da lei Dodd-Frank, que criou o CFPB em 2010 com o objetivo de proteger consumidores de práticas financeiras injustas.

A reestruturação do CFPB ocorre em meio a críticas de figuras como Elon Musk e outros conservadores, que pedem o fim da agência. Musk já declarou publicamente que o CFPB deveria ser "deletado," chamando-o de um órgão "politizado e irresponsável."