Tarifas dos EUA ameaçam exportações não-petrolíferas da Nigéria, alerta LCCI

A Câmara de Comércio e Indústria de Lagos (LCCI) demonstrou preocupação com o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sobre as economias globais, incluindo a Nigéria, destacando possíveis aumentos nas taxas de inflação como consequência. Durante uma coletiva de imprensa trimestral, o presidente da LCCI, Gabriel Idahosa, alertou que as tarifas podem comprometer exportações nigerianas de 323,96 bilhões de nairas, excluindo petróleo e energia, para o mercado norte-americano.

Idahosa destacou que o primeiro trimestre de 2025 registrou crescimento econômico global moderado, impulsionado por inflação controlada, taxas de juros mais baixas e aumento da demanda doméstica. No entanto, ele alertou sobre riscos relacionados a tensões geopolíticas, incertezas comerciais e altos níveis de dívida. Ele também sugeriu que o governo nigeriano adote uma postura estratégica e diplomática para lidar com as tarifas, buscando renegociações por meio de plataformas como a Lei de Oportunidades de Crescimento da África (AGOA).

Além disso, o presidente defendeu que o governo invista em áreas de vantagem competitiva, como agricultura, mineração e manufatura, para diversificar a economia e reduzir a dependência de parceiros comerciais específicos. Ele também pediu incentivos à produção local e à exportação de produtos processados, alinhados a uma revisão urgente da política de comércio nacional.

Com a queda dos preços do petróleo e as incertezas no mercado global, Idahosa enfatizou a necessidade de uma resposta fiscal para cobrir lacunas de receita e fortalecer setores produtivos, como refino de petróleo, agricultura e manufatura, para criar empregos e reduzir a pobreza na Nigéria.