Explosão em Oleoduto Bicentenario na Colômbia Atribuída a Ataque Guerrilheiro

O oleoduto Bicentenario, na Colômbia, foi paralisado após uma explosão que a estatal Ecopetrol atribuiu a um ataque do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN).

O ELN, considerado o maior grupo guerrilheiro do país, é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Nos últimos anos, ataques a oleodutos têm aumentado, com a Ecopetrol registrando múltiplas ofensivas contra os oleodutos Bicentenario e Cano Limón-Coveñas. O governo colombiano enviou tropas para proteger os trabalhadores durante os reparos em infraestrutura danificada.

A Colômbia busca reverter a queda na produção de petróleo registrada nos últimos cinco anos, com a meta de aumentar a produção diária para mais de 1 milhão de barris, frente aos 800 mil barris previstos para 2024. A estatal Ecopetrol tem utilizado técnicas avançadas de recuperação de petróleo para melhorar os volumes de extração.

Enquanto isso, o atual governo trabalha em um plano ambicioso de expansão de energia eólica e solar, visando reduzir a dependência de receitas de petróleo, gás e carvão. Apesar disso, os hidrocarbonetos permanecem como uma importante fonte de financiamento para a transição energética, cujo custo é estimado em US$ 40 bilhões.

O presidente Gustavo Petro assumiu o compromisso de transformar a economia do país, afastando-a do petróleo e outros combustíveis fósseis. Em 2023, durante a COP28, Petro foi o primeiro líder de um grande produtor de energia a defender a eliminação gradual dos hidrocarbonetos, apoiando a criação de um Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis e suspendendo novas licenças de exploração de petróleo e gás no país.