Proliferação de Armas Ilegais Ameaça Segurança na Nigéria

As autoridades nigerianas enfrentam desafios crescentes para conter o fluxo de armas ilegais no país. O diretor zonal do Centro Nacional de Controle de Armas Pequenas e Leves (NCCSALW) no Sudeste, um Major-General aposentado, destacou os estados de Anambra e Imo como áreas críticas devido à alta prevalência de armas não licenciadas. Ele alertou que os portadores de armas ilegais devem devolvê-las imediatamente ou enfrentar medidas legais.

A Nigéria não possui uma provisão constitucional para o direito ao porte de armas, o que torna toda posse de armas por civis ilegal, exceto em casos específicos com licença, como para caça. No entanto, a emissão de licenças para caça tem diminuído, enquanto o estado enfrenta dificuldades para proteger a população, deixando cidadãos vulneráveis. A recuperação de armas ilegais e o reforço das leis existentes são considerados passos essenciais para combater o problema.

A origem dessas armas inclui tráfico pelas fronteiras terrestres porosas e falhas nos procedimentos de importação, que facilitam a atuação de traficantes no mercado negro. A Alfândega da Nigéria frequentemente apreende grandes quantidades de armas, incluindo rifles automáticos e espingardas de ação por bombeamento. Relatórios indicam que cerca de 70% das armas ilegais na África Ocidental estão na Nigéria, muitas delas nas mãos de grupos criminosos e indivíduos perigosos.

Com a proliferação de armas ilegais, crimes violentos se tornaram uma atividade lucrativa para muitos no país. Em resposta, cidadãos têm buscado armas para autoproteção, e comunidades inteiras têm recorrido a vigilantes armados e caçadores tradicionais equipados com armas modernas, o que gera novos problemas de segurança. Recentemente, mortes relacionadas a armas foram registradas em Edo após a descoberta de armas rudimentares em posse de caçadores.

Especialistas alertam que a crescente posse de armas por civis reflete a incapacidade do estado de proteger adequadamente seus cidadãos e seu território. O colapso da segurança oferecida pelo estado força os indivíduos a assumirem a própria defesa, alimentando ainda mais a disseminação de armas ilegais.