Apple Enfrenta Tarifas e Possível Alta de Preços do iPhone

As novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos à China podem gerar grandes desafios para a Apple. Embora dispositivos como smartphones e laptops tenham sido inicialmente poupados, o Secretário de Comércio dos EUA anunciou que tarifas específicas para semicondutores devem ser implementadas em um ou dois meses.

A Apple depende em grande parte da China, com cerca de 90% dos iPhones sendo fabricados no país. Caso as tarifas sejam mantidas e a produção não seja transferida, o preço do iPhone 16 Pro Max pode saltar de US$ 1.199 para até US$ 2.150 — ou até US$ 3.500 se a produção for movida para os EUA.

Esse debate não é novo. Em 2011, Steve Jobs afirmou durante um jantar com o então presidente Barack Obama que trazer a fabricação de iPhones para os EUA seria inviável. Jobs destacou que o problema não era apenas o custo da mão de obra, mas a falta de uma cadeia de suprimentos robusta e a velocidade de produção que a China oferece.

Tim Cook, atual CEO da Apple, tem buscado suavizar essa dependência. Em fevereiro, a empresa anunciou um investimento de US$ 500 bilhões nos EUA ao longo de quatro anos, incluindo a construção de uma nova fábrica no Texas. Apesar disso, a maioria dos iPhones permanece sendo fabricada no exterior. Mesmo iniciativas anteriores, como a produção de alguns Macs nos EUA em 2012, tiveram impacto limitado na estratégia global da empresa.