Apple enfrenta desafios com tarifas, mas recebe alívio temporário

As ações da Apple caíram 20% em 2025 devido a preocupações dos investidores com as tarifas impostas pela administração Trump sobre importações da China, onde a empresa realiza grande parte de sua fabricação. No entanto, houve um alívio recente: smartphones, computadores e outros itens eletrônicos foram isentos das tarifas recíprocas impostas à China.

Inicialmente, as tarifas anunciadas incluíam um aumento de 125% além das taxas existentes de 20%. Isso teria elevado os preços de produtos como iPhones, impactando diretamente as vendas da Apple. Para evitar essas tarifas, a Apple transferiu parte de sua produção para a Índia, enviando 1,5 milhão de iPhones para os EUA no mês passado. Vale destacar que as tarifas sobre importações da Índia, estabelecidas em 26%, foram suspensas por 90 dias.

A dependência da Apple em fábricas localizadas na China é significativa, representando cerca de 80% de sua capacidade de produção, enquanto Índia, Vietnã, Malásia e Tailândia são responsáveis por uma parcela menor. A falta de produção em larga escala nos EUA deixou a empresa vulnerável às tarifas.

Para mitigar o impacto, a Apple anunciou um plano de investimento de US$ 500 bilhões em operações nos EUA nos próximos quatro anos. Entretanto, essa estratégia levará tempo para ser implementada, mantendo a empresa exposta aos riscos de tarifas a curto prazo.

Enquanto o mercado estima um crescimento de 7% nos lucros da Apple neste ano fiscal e 11% no próximo, incertezas permanecem sobre o futuro financeiro da empresa, especialmente devido ao impacto das tarifas e à competição em inteligência artificial. Os investidores estão atentos às movimentações futuras antes de tomar decisões sobre suas ações.