Indústria de vinil nos EUA enfrenta incertezas com tarifas de importação

A implementação confusa das tarifas comerciais nos Estados Unidos, promovida pelo governo Trump, está gerando preocupação em diversas indústrias, incluindo a de discos de vinil. Empresas e pequenas gravadoras, como a Pirates Press, localizada na região da Baía de São Francisco, tentam entender como lidar com os custos adicionais. Algumas, como a gravadora mencionada, estão avaliando brechas legais para reduzir os impactos das tarifas.

Eric Mueller, dono da Pirates Press, considera classificar seus discos como “materiais informativos” para evitar as tarifas. Segundo a Emenda Berman, de 1988, materiais como livros, filmes, CDs e outros meios de comunicação protegidos pela Primeira Emenda podem ser importados sem restrições tarifárias, independentemente do país de origem. Essa regra pode salvar empresas do setor de custos elevados.

O aumento de custos preocupa, já que o preço de novos discos de vinil pode subir de US$ 15–25 para US$ 30–40. Segundo Mueller, “a volatilidade é insana” e a alta nos preços pode prejudicar consumidores, gravadoras e fábricas de produção. A indústria enfrenta desafios adicionais devido à inflação e ao aumento de custos.

Embora a Recording Industry Association of America afirme que discos de vinil possam estar isentos das tarifas, a produção internacional desempenha um papel crucial. Empresas como a GZ Media, maior fabricante de discos do mundo, produzem milhões de unidades por ano fora dos EUA. Apesar das isenções atuais, a incerteza quanto às tarifas ainda afeta a indústria de vinil no país.