China Impõe Regras Mais Rígidas para Tecnologias de Direção Autônoma
Publicado em: 18/04/2025 13:54 | Categoria: Energia e Renováveis
Na sequência de um acidente fatal envolvendo um carro Xiaomi SU7 em modo semiautônomo, o governo chinês anunciou novas e rigorosas regulamentações para tecnologias de assistência à direção. Três mulheres morreram em março de 2025 quando o veículo, equipado com o sistema de assistência NOA (Navigation on Autopilot), colidiu com uma estrutura de concreto em uma zona de obras. O sistema identificou o obstáculo e alertou a motorista, mas a colisão aconteceu a uma velocidade de cerca de 97 km/h.
O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) da China proibiu o uso de termos como "direção autônoma" e "inteligência de direção" em materiais publicitários de fabricantes de automóveis. Em vez disso, será obrigatório especificar o nível de assistência à direção (de 1 a 5). Além disso, testes beta públicos e atualizações de software via OTA (over-the-air) só serão permitidos após validação prévia.
As novas diretrizes também abrangem sistemas que permitem funções sem supervisão do motorista, como estacionamento remoto e chamadas automáticas de veículos. A partir de agora, sistemas de monitoramento do condutor deverão permanecer ativos e reconhecer imediatamente quando as mãos do motorista forem retiradas do volante. Caso isso aconteça, o veículo deverá acionar os freios e as luzes de advertência.
De acordo com especialistas da indústria, as mudanças visam aumentar a conscientização dos usuários sobre os limites dessas tecnologias e prevenir confusões entre assistência à direção e direção totalmente autônoma. A China também impôs novos padrões de segurança para baterias, a serem implementados em 2026, e espera-se que as regulações acelerem a consolidação do mercado automotivo no país.
A decisão do governo chinês ocorre em um momento em que tecnologias de assistência à direção são amplamente promovidas, especialmente em eventos como o Salão do Automóvel de Xangai. Fabricantes como Tesla, Huawei, Xpeng e Nio podem ser impactados pelas novas restrições, que refletem a determinação da China em regular rigorosamente o setor.
Reportagem – Equipe de Jornalismo da Axio News – Subsidiária da Axio Investments.
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