Brasil é o último em ranking global de competitividade industrial

O Brasil ficou na última posição no ranking de competitividade industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avaliou 18 países com base em oito fatores que influenciam o desempenho empresarial. O ambiente econômico, educação e desenvolvimento humano foram os aspectos mais críticos para o resultado negativo, com o país ocupando a última posição nesses quesitos.

A alta taxa de juros, atualmente em 14,25% ao ano, foi destacada como um dos principais entraves para o setor industrial, enquanto a complexidade do sistema tributário também impactou negativamente, apesar das expectativas positivas em relação à reforma tributária. A CNI avalia que o novo programa Nova Indústria Brasil (NIB), liderado pelo BNDES, é um passo importante, mas seus efeitos ainda precisam de tempo para se concretizar.

No ranking geral, os Países Baixos lideram, seguidos por Estados Unidos e Coreia do Sul. O Brasil teve seu melhor desempenho no quesito Baixo Carbono e Recursos Naturais, ocupando a 12ª posição, graças ao avanço em descarbonização. No entanto, desafios como baixa adesão ao ensino técnico e falta de profissionais nas áreas de ciência e tecnologia pesaram contra o país no subranking de Educação, onde a Alemanha lidera.

Além disso, o país ficou em 14º lugar em Comércio e Integração Internacional e 15º em infraestrutura, setores que enfrentam problemas como baixa eficiência portuária e precariedade das rodovias. O estudo aponta que o Brasil precisa avançar em produtividade, inovação e inclusão no mercado global para melhorar sua competitividade.