Doença Renal Crônica Afeta Milhões na Nigéria e Enfrenta Barreiras de Tratamento

A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública significativo na Nigéria, com estudos indicando que até 26% da população em algumas regiões pode ser afetada. A condição é uma das principais causas de internações hospitalares relacionadas a falhas renais no país.

Os rins, órgãos essenciais no corpo, filtram sangue, removem resíduos e regulam o equilíbrio de água e eletrólitos. Quando comprometidos, como ocorre na DRC, há uma perda progressiva de função renal que pode culminar na insuficiência renal terminal. Nesta fase, a sobrevivência só é possível com diálise ou transplante renal.

As principais causas da DRC incluem diabetes e hipertensão arterial, além de fatores como obesidade, tabagismo, histórico familiar e uso indiscriminado de medicamentos, especialmente analgésicos anti-inflamatórios. O consumo de certas misturas herbais e a desidratação frequente também contribuem para o agravamento da condição.

Na Nigéria, muitos pacientes são diagnosticados em estágios avançados da doença, agravando os riscos de insuficiência renal. O acesso a tratamentos como diálise e transplantes é limitado, enquanto os custos permanecem elevados. Em 2023, uma sessão de diálise custava entre ₦30,000 e ₦100,000, resultando em despesas mensais que podiam ultrapassar ₦1,5 milhão. Já os transplantes variavam de ₦25 milhões a ₦30 milhões em hospitais privados.

Para aliviar o peso financeiro, o governo federal aprovou recentemente um subsídio de 80% para sessões de diálise, reduzindo os custos para ₦12,000 em instituições médicas federais. No entanto, a disponibilidade de máquinas de diálise e centros de transplante ainda é insuficiente no país.

Especialistas destacam a importância de medidas preventivas, como manter um estilo de vida saudável, com dieta balanceada, exercícios regulares e hidratação adequada. Campanhas de conscientização pública e programas de triagem são cruciais para o diagnóstico precoce e a prevenção da DRC. Além disso, é urgente melhorar o acesso a serviços de saúde acessíveis e de qualidade para os pacientes afetados por essa condição.