EUA Busca Reduzir Dependência da China em Minerais de Terras Raras

Os Estados Unidos estão intensificando esforços para diversificar suas fontes de minerais de terras raras e aumentar a produção doméstica, visando reduzir a dependência da China. Esses minerais, essenciais para tecnologias modernas e defesa, estão no centro das tensões comerciais entre Washington e Pequim.

A China domina mais de dois terços da produção global de terras raras e mais de 90% da capacidade de processamento. Recentemente, Pequim implementou restrições à exportação de sete minerais essenciais, como samário, gadolínio e disprósio, exigindo licenças especiais de exportação, o que pode causar impactos significativos na cadeia de suprimentos americana, especialmente no setor de defesa.

Analistas apontam que a China está usando essa dependência como alavanca estratégica em negociações comerciais. Além disso, Pequim adicionou 16 entidades americanas, majoritariamente do setor de defesa e aeroespacial, à sua lista de controle de exportação, restringindo o acesso a produtos de uso dual que incluem terras raras.

Embora os EUA mantenham reservas desses minerais, especialistas alertam que elas não são suficientes para sustentar uma interrupção prolongada no fornecimento. A escassez e o controle de preços pela China podem prejudicar ainda mais a indústria americana de defesa, que já enfrenta dificuldades em expandir sua capacidade de produção.

Para enfrentar esse desafio, os Estados Unidos têm buscado políticas que incentivem a produção doméstica e parcerias internacionais. Projetos foram iniciados para abrir novas minas em países como Brasil e África do Sul, além de investir em uma instalação de processamento de terras raras no Texas. No entanto, especialistas ressaltam que alcançar a autossuficiência nesse setor será um processo demorado e caro, enquanto a China continua a exercer influência global sobre esses recursos estratégicos.