Apple e Nvidia enfrentam impactos de tarifas comerciais nos EUA

Apple e Nvidia, duas gigantes da tecnologia, estão no centro das tensões comerciais iniciadas pelo governo Trump. Desde o anúncio de tarifas recíprocas em 2 de abril, ambas as empresas têm enfrentado volatilidade em seus valores de mercado.

A Apple foi inicialmente a mais afetada devido à sua dependência de manufatura na China, onde cerca de 90% dos iPhones são produzidos, segundo o analista Dan Ives da Wedbush. Após o anúncio das tarifas, a empresa perdeu até US$ 773 bilhões em valor de mercado. Contudo, uma isenção tarifária para produtos eletrônicos, anunciada pela Alfândega dos EUA na última sexta-feira, aliviou a pressão sobre a companhia. As ações da Apple subiram mais de 2% na segunda-feira, recuperando parte de suas perdas e fazendo com que sua avaliação de mercado voltasse brevemente acima dos US$ 3 trilhões.

Já a Nvidia enfrentou um golpe mais duro nesta semana. A empresa revelou que o governo dos EUA efetivamente proibiu a exportação de seus chips especializados para a China, o que derrubou suas ações em quase 7% na quarta-feira. Desde o início de abril, a Nvidia perdeu 8% de seu valor de mercado, cerca de US$ 230 bilhões, enquanto a Apple sofreu perdas menores no mesmo período.

Além disso, o presidente Trump anunciou tarifas de 10% sobre todas as importações globais a partir de 5 de abril, além de um imposto de 145% sobre produtos chineses, que está em vigor. Investigações em andamento pelo Departamento de Comércio sobre semicondutores podem resultar em novas tarifas, afetando ainda mais empresas como Apple e Nvidia.

Trump também indicou que a cadeia de suprimentos eletrônicos como um todo será alvo de futuras tarifas, aumentando a incerteza para o setor de tecnologia.